Vacinas contra COVID-19 já aprovadas

Em uma das maiores crises sanitárias da história da humanidade, a comunidade científica quebra uma série de recordes em tempo de produção de vacinas.

Análise do Bons Investimentos mostra detalhes sobre vacinas já aprovadas / liberadas para aplicação em diferentes partes do mundo.


O processo de aprovação de uma vacina normalmente é demorado e repleto de burocracias. Porém, a crise sanitária provocada pela COVID-19, doença causada pelo coronavírus Sars-CoV-2, foi responsável por acelerar significativamente todo o processo.

Já são centenas de vacinas em desenvolvimento pelo mundo todo, sendo que mais de uma dezena delas já foram aprovadas em caráter temporário ou permanente para aplicação em seres humanos.

Diversas são as tecnologias que podem ser utilizadas para a produção de uma vacina que gere uma resposta no organismo. As principais tecnologias utilizadas, de acordo com a Aliança da Vacina (Gavi)1 são:

  • Vírus Inativado: utiliza uma versão inativada ou enfraquecida do vírus para gerar resposta imune.
  • Baseado em proteínas: utiliza parte de proteínas do vírus para simular a existência do microorganismo no corpo e gerar resposta imune.
  • Vetor viral: um vírus seguro, que não pode causar infecção, serve de plataforma para produzir proteínas do coronavírus e gerar resposta imune.
  • Material genético (RNA e DNA): nova tecnologia que utiliza engenharia genética para criar uma proteína que estimula a resposta imune.

Independentemente da tecnologia escolhida, o imunizante desenvolvido deve passar por uma série de etapas entre o momento que é idealizado em laboratório até a liberação para produção comercial. Entre essas etapas, estão:

  • Fase exploratória / laboratorial: avaliação de diferentes componentes possíveis para uma vacina.
  • Fase pré-clínica: testes em animais e experimentações in-vitro.
  • Fase clínica: testes em seres humanos.

A fase clínica, por sua vez, está dividida em 3 fases:

  • Fase 1: pequena quantidade de pessoas testam a vacina para determinar a dosagem e identificar se a resposta imune é estimulada.
  • Fase 2: centenas de pessoas, divididas em grupos como faixa etária, recebem a vacina para testar se a resposta imune funciona da mesma forma para diferentes pessoas.
  • Fase 3: milhares de pessoas recebem a vacina e são comparadas a outras milhares de pessoas que recebem um placebo. A “taxa de eficácia” da vacina é determinada nesta etapa.

Já existem mais de uma centena de vacinas com o desenvolvimento iniciado, sendo que 13 delas já foram aprovadas ou estão em uso emergencial pelos países. No infográfico interativo ao final desta matéria é possível conhecer os detalhes sobre essas vacinas.

Abaixo, a lista completa de países em que cada uma das vacinas foi aprovada, teve uso antecipado ou está em uso emergencial conforme informações disponibilizadas pelo NY Times2.

 

Pfizer-BioNTech (Comirnaty) – Atualiz.26/abr./21

  • Aprovada/ Uso antecipado: Bahrein, Brasil, Nova Zelândia, Arábia Saudita, Suíça.
  • Uso emergencial: Argentina, Austrália, Botsuana, Brunei, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, União Europeia, Groenlândia, Guatemala, Hong Kong, Israel, Japão, Jordão, Kuwait, Líbano, Liechtenstein, Malásia, Maldivas, México Moldova, Mónaco, Monaco, Mongólia, Noruega, Omã, Panamá, Peru, Filipinas, Qatar, Sérvia, Singapura, África do Sul, Coreia do Sul, Tailândia, Tunísia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Estados Unidos, Uruguai. Validação de uso de emergência da Organização Mundial da Saúde. Recomendado para uso de emergência pelo sistema regulatório do Caribe.

Moderna (mRNA-1273) – Atualiz.15/abr./21

  • Aprovada/ Uso antecipado: Suíça.
  • Uso emergencial: Canadá, União Europeia, Gronelândia, Guatemala, Honduras, Israel, Kuwait, Mongólia, Noruega, Catar, Cingapura, Tailândia, Reino Unido, Estados Unidos, Vietnã.

Gamaleya (Sputnik V) – Atualiz.23/abr./21

  • Aprovada/ Uso antecipado: Rússia.
  • Uso emergencial: Argélia, Angola, Antígua e Barbuda, Argentina, Armênia, Azerbaijão, Bahrein, Bielária, Bolívia, República Sérvia Bósnia, Camarões, República do Congo, Djibuti, Egito, Honduras, Gabão, Gana, Guatemala, Guiné, Guiana, Hungria, Índia, Irã Iraque, Jordânia, Cazaquistão, Quénia, Quirguistão, Laos, Líbano, Mali, Maurícia, México, Moldávia, Mongólia, Montenegro, Marrocos, Myanmar, Namíbia, Nepal, Nicarágua, Norte Macedônia, Paquistão, Autoridade Palestina, Panamá, Paraguai, Filipinas , San Marino, Eslováquia, Sri Lanka, São Vicente e Granadinas, Sérvia, Seychelles, Síria, Tunísia, Turquemenistão, Emirados Árabes Unidos, Uzbequistão, Venezuela, Vietnã, Zimbábue.

Oxford-AstraZeneca (Vaxzevria) – Atualiz.26/abr./21

  • Aprovada/ Uso antecipado: Brasil.
  • Uso emergencial: Argélia, Argentina, Austrália, Bahamas, Bahrain, Bangladesh, Barbados, Butão, Botsuana, Brasil, Brunei, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Ecuador, Egito, El Salvador, União Europeia, Gana, Greenland, Guatemala, Honduras, Hungria, Islândia, Índia, Indonésia, Irã, Iraque, Quênia, Kuwait, Liechtenstein, Malásia, Maldivas, México, Moldávia, Mongólia, Marrocos, Namíbia, Nepal, Nigéria, Noruega, Paquistão, Papuca Nova Guiné, Filipinas, Arábia Saudita , Seychelles, Sri Lanka, África do Sul, Coreia do Sul, Taiwan, Tailândia, Ucrânia, Reino Unido, Vietnã, Zâmbia. Validação de uso de emergência da Organização Mundial da Saúde. Endossado pela força-tarefa regulatória da África. Recomendado para uso de emergência pelo sistema regulatório do Caribe.

CanSino (Convidecia) – Atualiz.20/abr./21

  • Aprovada/ Uso antecipado: China.
  • Uso emergencial: Chile, Hungria, México, Paquistão.

Johnson & Johnson (Ad26.COV2.S) – Atualiz.26/abr./21

  • Aprovada/ Uso antecipado: –
  • Uso emergencial: Bahrein, Brasil, Canadá, Colômbia, União Europeia, Gronelândia, Islândia, Liechtenstein, Noruega, Filipinas, África do Sul, Coréia do Sul, Suíça, Tailândia, Estados Unidos, Zâmbia. Validação de uso de emergência da Organização Mundial da Saúde.

Vector Institute (EpiVacCorona) – Atualiz.05/abr./21

  • Aprovada/ Uso antecipado: Turcomenistão.
  • Uso emergencial: Rússia.

Sinopharm (BBIBP-CorV) – Atualiz.23/abr./21

  • Aprovada/ Uso antecipado: Bahrein, China, Emirados Árabes Unidos.
  • Uso emergencial: Argentina, Brunei, Camboja, Egito, Gabão, Guiana, Hungria, Irã, Iraque, Jordânia, Maldivas, Marrocos, Namíbia, Nepal, Paquistão, Peru, Venezuela, Zimbábue.

Sinovac (CoronaVac) – Atualiz.20/abr./21

  • Aprovada/ Uso antecipado: China.
  • Uso emergencial: Azerbaijão, Brasil, Camboja, Chile, Colômbia, Equador, Hong Kong, Indonésia, Laos, Malásia, México, Paquistão, Panamá, Filipinas, Tailândia, Tunísia, Turquia, Ucrânia, Uruguai, Zimbábue.

Sinopharm-Wuhan (COVID-19 vaccine) – Atualiz.04/mar./21

  • Aprovada/ Uso antecipado: China
  • Uso emergencial: Emirados Árabes Unidos

Anhui Zhifei Longcom (ZF2001) – Atualiz.15/mar./21

  • Uso emergencial: China, Uzbequistão

Bharat Biotech (Covaxin) – Atualiz.23/abr./21

  • Uso emergencial: Botsuana, Guatemala, Guiana, Índia, Irã, Maurícias, México, Nepal, Nicarágua, Paraguai, Filipinas, Zimbábue.

Chumakov Center (CoviVac) – Atualiz.23/fev./21

  • Aprovada/ Uso antecipado: Rússia.

 

Informações completas, com dados detalhados e interativos podem ser visualizadas no infográfico abaixo.

infográfico

Fontes:

  1. The Vaccine Alliance (Gavi). Site: https://www.gavi.org/vaccineswork/there-are-four-types-covid-19-vaccines-heres-how-they-work. Acesso em: 12/04/2021.
  2. NY Times. Site: https://www.nytimes.com/interactive/2020/science/coronavirus-vaccine-tracker.html#astrazeneca. Acesso em: 12/04/2021.
  3. Instituto Butantan. Site: https://butantan.gov.br/pesquisa/ensaios-clinicos. Acesso em: 11/04/2021.
  4. Dados de Vacinas – Centers for Disease Control and Prevention. Site: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/vaccines/. Acesso em: 08/04/2021.
  5. Eficácia Coronavac – Infomoney. Site: https://www.infomoney.com.br/economia/butantan-divulga-maior-eficacia-geral-da-coronavac-com-intervalo-acima-de-21-dias/. Acesso em: 12/04/2021.

Crédito da imagem: Etiqueta foto criado por rawpixel.com – br.freepik.com


Este infográfico e o respectivo estudo para a sua elaboração foram desenvolvidos pela equipe do site megainvestimentos.com.

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