LF: aprenda tudo, use nosso simulador e aumente seus lucros!


A maior parcela dos investidores em Renda Fixa conhecem bem as características das aplicações em LCI e CDB. Entretanto, a Letra Financeira ou LF é sempre relegada a segunda plano.

Você saberia nos dizer quais os motivos da pouca visibilidade da Letra Financeira?

Se você quer descobrir e aprender absolutamente tudo de importante sobre este investimento, te convidamos a ler este artigo até o final.

O que é LF? Como funciona?


Letra Financeira ou LF é um título privado de Renda Fixa emitido por instituições financeiras para captação de recursos visando o financiamento de suas atividades de crédito, como, por exemplo, empréstimos.

Resumidamente, aplicar em títulos de Renda Fixa significa emprestar dinheiro para o emissor do respectivo título.

Para a Letra Financeira, o investidor empresta um determinado valor ao banco e, ao final da aplicação, este banco devolverá o valor investido acrescido dos juros pactuados no momento do investimento.

Valor mínimo para investimento em LF


O valor mínimo para investimento em Letra Financeira é de R$ 150.000, independente da instituição financeira.

Esta é a primeira das desvantagens da aplicação em LF, pois é possível investir em CDB e LCI com valores iniciais muito menores.

Prazos de aplicação em LF


Neste quesito temos a segunda desvantagem da LF, pois o prazo mínimo de aplicação é de 2 anos.

Adicionalmente, não é possível fazer resgates parciais do dinheiro investido. Ou seja, o seu dinheiro fica “preso” até a data de vencimento da aplicação.

Desta forma, o investidor perde a flexibilidade oferecida por outras aplicações de curto prazo.

Em relação ao prazo máximo, é possível encontrar algumas instituições financeiras oferecendo possibilidade de investimento de até 8 anos.

Rentabilidades da LF


A grande maioria das Letras Financeiras disponíveis no mercado são pós-fixadas e atreladas ao CDI. Entretanto, nada impede uma instituição financeira de emitir uma LF pré-fixada ou híbrida.

Por isto, vamos apresentar as características de todas estas modalidades de rentabilidade.

  • LF pós-fixada: a rentabilidade é determinada de acordo com o desempenho de um indexador e só é conhecida, efetivamente, no momento do resgate do investimento.

Exemplo: LF com taxa pós-fixada de 110% do CDI.

  • LF pré-fixada: a rentabilidade é conhecida no momento da aplicação.

Exemplo: LF com taxa pré-fixada de 11,5% ao ano.

  • LF híbrida: a rentabilidade é determinada pela soma de uma taxa pós-fixada com uma taxa pré-fixada.

Exemplo: LF com taxa híbrida de “IPCA + 5,80%”.

Neste caso, o indexador pós-fixado é o IPCA (índice oficial de inflação) e a taxa pré-fixada foi definida em 5,80%. Portanto, a rentabilidade final da LF será o somatório destas taxas.

Apesar das rentabilidades das modalidades pós-fixada e híbrida só serem conhecidas com exatidão no momento do resgate em função da variação do indexador (CDI ou IPCA) ao longo da aplicação, é possível fazer uma estimativa de quanto você receberá utilizando os dados históricos e as previsões do Boletim Focus.

Impostos da LF


Assim como os investimentos em CDB, as aplicações em LF estão sujeitas ao pagamento de Imposto de Renda (IR) .

Como o período mínimo de aplicação em LF é de 2 anos, a alíquota do Imposto de Renda é fixa em 15%.

Ressalta-se que o valor devido para o pagamento do Imposto de Renda é recolhido pela instituição financeira no momento do resgate da aplicação.

Sendo assim, o valor pago pelo banco já vem com o desconto do IR e você não precisa se preocupar em fazer cálculos para saber o quanto deve e nem imprimir guias para efetuar o pagamento.

É importante saber também que o Imposto de Renda em LF é cobrado somente em cima do lucro da aplicação.

Desta forma, se você investiu R$ 200.000 e o lucro da sua aplicação foi de R$ 50.000, a alíquota de 15% do Imposto de Renda será cobrada somente em cima deste lucro de R$ 50.000.

Neste exemplo específico, o investidor precisaria pagar R$ 7.500 de Imposto de Renda (15% de R$ 50.000).

Riscos da aplicação em LF


Infelizmente, a LF não possui a cobertura do FGC, considerado a principal proteção do investidor de Renda Fixa.

O Fundo Garantidor do Crédito (FGC) é um seguro grátis e automático para investidores com aplicações em CDB e LCI, por exemplo, cujo limite máximo garantido é de R$ 250.000.

Obs.: Caso você ainda não conheça as características deste seguro, te convidamos a ler nosso artigo específico sobre o FGC.

Sendo assim, dentro dos tradicionais investimentos em Renda Fixa, as aplicações em Letra Financeira são consideradas de maior risco.

Desta forma, se a instituição financeira na qual você aplicou o seu dinheiro falir, você não terá a garantia de devolução dos valores investidos.

Vantagens e desvantagens do investimento em LF


As principais desvantagens dos investimentos em LF são:

  • Valor mínimo para investimento muito alto: R$ 150.000.
  • Prazo mínimo da aplicação de 2 anos.
  • Impossibilidade de fazer resgates parciais antes do vencimento.
  • Aplicação não possui a cobertura do FGC.

Os defensores da LF como uma boa alternativa de investimento mencionam o fato da sua rentabilidade ser geralmente superior às rentabilidades oferecidas por outros produtos da Renda Fixa.

Entretanto, nunca percebemos uma diferença considerável entre as rentabilidades oferecidas por LFs e CDBs, por exemplo.

Sendo assim, percebemos mais desvantagens do que vantagens na elaboração de uma carteira de investimentos com a inclusão de aplicações em LF, uma vez que é possível conseguir CDBs pagando maiores taxas e com a cobertura do FGC.

Contudo, é necessário ter cautela na seleção dos seus investimentos para evitar aplicar seu dinheiro em instituições financeiras de baixa qualidade.

Como investir em LF


Basicamente, o investir interessado em aplicar em Letra Financeira (LF) possui dois caminhos:

  • Direto: através da abertura de conta na instituição emissora da LF.
  • Indireto: através da abertura de conta em uma corretora independente.

Pode parecer que o caminho direto é mais vantajoso, pois qual seria motivação de abrir conta em uma corretora para depois investir em outro banco, correto?

Entretanto, a vantagem de investir via corretoras independentes é justamente o fato destas funcionarem como “pontes” entre o investidor e os diversos bancos.

Ou seja, enquanto no banco o investidor tem a possibilidade de optar somente pelos produtos daquela instituição, na corretora existe o acesso a um leque maior de opções de investimento, uma vez que as corretoras reúnem produtos de diversas instituições financeiras.

Desta forma, a principal vantagem para o investidor é a ampliação do “cardápio” de investimentos

Calculadoras de LF


A seguir, apresentaremos duas calculadoras para você simular o investimento em LF pós-fixada e atrelada ao CDI ou LF pré-fixada.

A utilização destes simuladores é muito fácil, basta preencher os campos marcados com o sinal “+” e os demais campos serão calculados automaticamente.

Para a Taxa CDI, você poderá utilizar o valor atual ou especular qualquer valor da sua cabeça.

Simulador de LF pós-fixada


Simulador de LF pré-fixada


Atenção: O simulador possui a intenção de uso educativo. Toda e qualquer decisão tomada após as simulações é de exclusiva responsabilidade do leitor.

Conforme ressaltado anteriormente, em investimentos pós-fixados, você só saberá a exata rentabilidade no dia do vencimento da aplicação em função das variações dos indexadores.

A Taxa CDI, por exemplo, é calculada e divulgada diariamente pela CETIP. Ou seja, qualquer mudança afeta a sua rentabilidade já no dia seguinte.

Portanto, os valores encontrados neste simulador devem ser entendidos como uma ordem de grandeza da sua rentabilidade, que poderá ser ligeiramente diferente de nossos cálculos.

Qual o melhor investimento: LF ou CDB?


A LF possui praticamente a mesma característica de tributação do CDB, pois ambas sofrem a incidência de Imposto de Renda.

Sendo assim, para prazos iguais ou maiores do que 2 anos (aplicação mínima das LFs), a comparação é fácil e direta: aquele investimento com maior taxa de juros será o mais rentável.

Por exemplo: para o prazo de 3 anos, uma LF com taxa de 118% do CDI sempre será mais rentável do que um CDB com taxa de 114% do CDI.

Obs.: É preciso ressaltar que o CDB possui diferentes alíquotas para o pagamento do imposto de renda, sendo regressivas com o tempo. Para entender melhor a tributação neste tipo de investimento, consulte nossa seção sobre impostos.

Qual o melhor investimento: LF ou LCI?


A comparação entre LF e LCI é mais complexa do que a simples comparação entre LF e CDB em função dos investimentos em LCI serem isentos do pagamento de Imposto de Renda.

Sendo assim, para facilitar a sua vida preparamos uma tabela capaz de responder rapidamente qual o melhor investimento entre LF e LCI.

Obs.: A tabela é “multiuso” e pode ser utilizada também para comparar LF com LCA ou LCI / LCA com CDB.

Para utilizar esta tabela de forma adequada, basta saber qual o período da aplicação e verificar as taxas equivalentes de LCI e LF.

LF ou LCI qual o melhor investimento

Obs.: Foi  utilizada a fórmula de juros compostos para a montagem desta tabela.

A tabela nos indica, por exemplo, que uma LCI com taxa de 94% do CDI será igual a uma LF com taxa de 108% do CDI no prazo de 1.080 dias (± 3 anos).

Portanto, para este prazo de 1.080 dias uma LF precisa ter rentabilidade superior a 108% do CDI para “ganhar” de uma LCI com taxa de 94% do CDI.

Considerações finais


Vimos neste artigo os principais tópicos sobre o investimento em Letra Financeira:

  • O que é e como funciona o investimento em LF
  • Valor mínimo
  • Prazos de aplicação
  • Tipos de rentabilidade
  • Imposto de Renda
  • Riscos
  • Vantagens e desvantagens
  • Como investir em LF
  • Simulador de LF
  • Comparativo com CDB e LCI

Esperamos que a leitura deste material tenha sido agradável e útil para você aprimorar seus conhecimentos neste tipo de aplicação.

Tentamos utilizar uma linguagem simples e com diversos exemplos para facilitar a sua compreensão.


Para consultar informações sobre demais investimentos, acesso nossos artigos específicos:


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Última atualização desta matéria: novembro de 2017.

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