IGP-M – O que é? Como impacta sua vida?


Você já ouviu falar sobre IGP-M? Essa é a sigla para Índice Geral de Preços do Mercado, um índice econômico bastante importante que pode afetar tanto seu custo de vida quanto impactar os seus investimentos.

No presente texto abordaremos todas as principais informações sobre ele. Portanto, se você tem dúvidas sobre o IGP-M ou esta sigla é novidade para você, você está no lugar certo.

Continue a leitura e teremos certeza que você aprenderá tudo sobre o IGP-M ou simplesmente IGPM.

O que é IGP-M?


O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) é um indicador de preços calculado e divulgado mensalmente pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), utilizado para medir a inflação e o aumento de preços no país.

Ao contrário do que se pode pensar, o IGP-M não tem, digamos assim, “autonomia”; uma vez que este índice é composto pela ponderação de três outros índices:

  • IPA (Índice de Preços por Atacado): 60%
  • IPC (Índice de Preços ao Consumidor): 30%
  • INCC (Índice Nacional de Custos da Construção): 10%

Caso o IGP-M cresça, a leitura que se faz é que o dinheiro vale menos. Assim, um investidor inteligente deve analisar esse dado não de forma isolada, mas em conjunto com outros indicadores para conseguir prever os movimentos do mercado.

Desta forma, a macroeconomia pode ser acompanhada pela análise do IGP-M em conjunto com Taxa Selic, IPCA e demais dados econômicos.

Vamos dar um exemplo: no mês de maio de 2018, o IGP-M disparou 1,4%, significando que algo motivou a aceleração do ritmo IGP-M, que antes da citada data usualmente apresentava subida inferior a 1% ao mês.

Isso nos leva às seguintes perguntas:

a) Qual é a interpretação disso?

A economia antes estável, começou a oscilar mais com maior variação nos preços.

b) E o que pode ter provocado este aumento nos preços no Brasil?

Naquela época, o fator determinante foi a greve dos caminhoneiros, mostrando como a nossa economia é frágil e dependente do transporte rodoviário.

O aumento dos combustíveis (uma das grandes reclamações que levou à greve) não apenas foi capaz de afetar diretamente os preços dos alimentos e produtos que são transportados pelas estradas brasileiras, como também mostrou que certos fundamentos do país seguiam incertos.

Tais efeitos estavam muito claros com o aumento do IGP-M, do IPCA e das taxas de juros, pois tudo isso reflete a desconfiança do mercado e a freada econômica.

Com esses dados, quisemos mostrar a importância de acompanhar os índices econômicos brasileiro. Afinal, primeiro acontecem os fatos, depois, as mudanças nos dados.

Qual a diferença entre IGP-M e IPCA?


O IPCA refere-se à inflação oficial do Brasil medida pelo IBGE. Essa taxa oscila menos do que o IGP-M e é um indicador oficial do quanto o dinheiro deixa de valer ou passa a valorizar.

Já o IGP-M, é uma taxa medida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mais próxima do mercado e que consequentemente tende a apresentar maiores oscilações.

Didaticamente, o IGP-M tem peso direto no setor de imóveis, fazendo com que você seja mais diretamente afetado por ele caso invista nesse setor (investindo como dono de um imóvel ou em empresas do setor ou em fundos imobiliários).

O IGP-M funciona diferente do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), que representa o consumo de famílias cuja renda é de no máximo 40 salários mínimos.

No IGP-M, somente 30% do valor do índice é composto por preços ao consumidor, representado pelo IPC. Assim, o IGP-M é fator crucial na macroeconomia do país e, por isso, todo investidor deve tê-lo em consideração ao investir seja a curto, médio ou longo prazo.

Para entender melhor as diferenças entre IGP-M e IPCA, recomendamos que assista ao vídeo abaixo:

Como o IGP-M é calculado?


Para que o cálculo do IGP-M seja realizado, faz-se necessário coletar os preços no mercado.

Essa coleta de informações é feita pela FGV em todo Brasil, reunindo preços praticados em diversos setores da economia, como o industrial, da construção civil, agricultura, comércio varejista e outros.

A coleta sempre se inicia no 21º dia do mês e termina no 20º do mês de referência. Portanto, o IGP-M de fevereiro contempla o período de 21 de janeiro a 20 de fevereiro.

Entretanto, o IGP-M não é calculado de forma simples e, conforme explicado anteriormente, trata-se de uma média aritmética de outros 3 índices de preços, a saber:

  • IPA-M (Índice de Preços por Atacado):  representa 60% do IGP-M.

Registra variações de preços de produtos agropecuários e industriais nas transações interempresariais, isto é, nos estágios de comercialização anteriores ao consumo final.

  • IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor): representa 30% da IGP-M.

Foi elaborado com o objetivo de medir a variação de preços de bens e serviços que formam o conjunto de despesas comuns de famílias com a renda variando entre 1 e 33 salários mínimos.

O IPC abrange diferentes classes de bens e serviços: alimentação, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, educação, leitura e recreação, transporte e despesas diversas.

  • INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção): representa 10% do IGPM. 

Coleta-se esse índice em sete cidades brasileiras, avaliando a movimentação do custo para a construção de moradia no Brasil, incluindo a mão de obra especializada. As cidades são: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília.

Porque o IGP-M é considerado a “inflação do aluguel”?


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Sim, caso você não saiba, o IGP-M ou IGPM também é conhecido por esse nome: inflação do aluguel.

Isto acontece porque esse índice é usado principalmente para o reajuste anual de contratos de aluguel. Se você já morou de aluguel, deve se lembrar que todo ano o dono de imóvel corrige o valor do aluguel a ser pago segundo o IGP-M do ano anterior.

Vamos usar outro exemplo de alguns anos atrás. Em 2017, a previsão era que os valores de aluguel fossem mais ou menos mantidos, uma vez que o índice teve uma leve deflação (diminuição). Talvez a sua expectativa fosse de que os preços diminuíssem, já que houve esta deflação.

Matematicamente, o raciocínio está correto, mas demais fatores podem ser considerados pelo dono do imóvel, fazendo com que o valor se mantenha ou oscile apenas um pouco.

Não apenas o valor do aluguel, mas outras contas podem sofrer reajustes influenciados pelo IGP-M: energia elétrica, escolas e universidades e planos de saúde.

Como acompanhar a variação do IGP-M?


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Não é difícil conseguir acompanhar o Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM). Uma vez que ele é feito pela FGV, você tem a possibilidade de consultá-lo diretamente no site da própria fundação: portal.fgv.br.

Devido à sua importância, você também consegue encontrar os valores mensais do IGP-M e o acumulado do ano em sites e matérias voltadas a assuntos econômicos, junto com demais dados, como IPCA, dólar e outros.

Devo considerar o IGP-M para fazer meus investimentos?


Gostaríamos de destacar que o IGP-M não precisa ser, obrigatoriamente, a grande influência no momento de adquirir ativos para sua carteira de investimentos, mas lembre-se de considerá-lo.

Os aspectos negativos do mercado certamente estressam as pessoas que vivem e respiram o mercado financeiro, como é o caso dos profissionais das ações.

Se você é um investidor que ainda não vive dos seus rendimentos, vale a pena utilizar seu tempo e energia para trabalhar e gerar mais renda.

Por isso, muitas pessoas preferem deixar as preocupações ligadas ao mercado financeiro com as corretoras. Uma vida financeira saudável consiste em “Ganhar, Manter e Investir”.


Esperamos ter ajudado você com as informações mais importantes sobre o IGP-M e também colaborado para que você entenda o papel de destaque que a educação financeira deve ter em sua vida, principalmente se o seu objetivo é tornar-se um bom e atento investidor.

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